Mulheres que não querem ter filhos e criam bebês reborn: entre afeto, autonomia e fantasia


Você já se deparou com vídeos de mulheres adultas embalando bonecas como se fossem bebês reais? Talvez tenha visto alguém empurrando um carrinho com um "bebê" que, ao olhar mais atento, revela-se uma boneca hiper-realista. Essas são as chamadas "mães reborn", mulheres que, por diversas razões, optam por não ter filhos biológicos, mas encontram nos bebês reborn uma forma de expressar cuidado, afeto e, por que não, viver uma maternidade simbólica. 


A escolha de não ter filhos


A decisão de não ter filhos ainda é vista com estranhamento por muitos. A sociedade frequentemente associa a realização feminina à maternidade, e mulheres que escolhem caminhos diferentes enfrentam julgamentos e questionamentos. No entanto, essa escolha é legítima e baseada em diversos fatores, como prioridades pessoais, carreira, saúde ou simplesmente o desejo de viver de maneira diferente. 


O universo dos bebês reborn


Os bebês reborn são bonecas confeccionadas com impressionante realismo: peso semelhante ao de um recém-nascido, traços delicados, pele com textura e até cheiro característico. Para algumas mulheres, cuidar dessas bonecas vai além de um hobby; é uma forma de preencher um espaço emocional, seja por não querer ou não poder ter filhos, ou por lidar com perdas e traumas. 


Nas redes sociais, a hashtag #maedereborn acumula milhões de visualizações, com vídeos de mulheres mostrando suas rotinas com os reborns: trocando fraldas, dando mamadeira, passeando no parque. Enquanto alguns veem essa prática com estranhamento, outros reconhecem nela uma forma válida de expressão emocional. 


Entre o afeto e a crítica


Especialistas divergem sobre o impacto psicológico dessa prática. O psiquiatra Keith Ablow, por exemplo, sugere que a relação com os reborns pode funcionar como uma "anestesia emocional", adiando o enfrentamento de questões reais . Já outros profissionais veem nela uma forma de terapia, ajudando mulheres a lidar com sentimentos complexos de maneira segura. 


A verdade é que, como em muitas questões humanas, não há uma resposta única. O importante é respeitar as escolhas individuais e compreender que cada pessoa busca, à sua maneira, formas de se sentir completa e realizada. 


Referências Bibliográficas


CURY, Ana Carolina. Viralizou: mulheres adultas estão tratando bebês reborn como filhos de verdade. R7, 11 abr. 2025. Disponível em: https://noticias.r7.com/prisma/refletindo-sobre-a-noticia-por-ana-carolina-cury/viralizou-mulheres-adultas-estao-tratando-bebes-reborns-como-filhos-de-verdade-11042025/. Acesso em: 28 abr. 2025. 


MELO, Aurélio. Entrevista sobre bebês reborn. Revista Crescer, 6 abr. 2017. Disponível em: https://revistacrescer.globo.com/Curiosidades/noticia/2017/04/bebes-reborn-mulheres-cuidam-de-bonecas-realistas-como-se-fossem-de-verdade.html. Acesso em: 28 abr. 2025. 


LACERDA, Lu. A moda do bebê reborn foi longe demais? Psicanalista comenta. VEJA RIO, 15 abr. 2025. Disponível em: https://vejario.abril.com.br/coluna/lu-lacerda/a-moda-do-bebe-reborn-foi-longe-demais-psicanalista-comenta/. Acesso em: 28 abr. 2025. 


DAY, Jody. Viver a vida inesperada. Gateway Women, 2011. 


Questões de Compreensão


1. Qual é uma das principais razões pelas quais algumas mulheres optam por cuidar de bebês reborn?

A) Desejo de seguir tendências da moda.

B) Falta de acesso a brinquedos tradicionais.

C) Expressar afeto e lidar com questões emocionais.

D) Pressão social para ter filhos.


Resposta correta: C


2. O que caracteriza os bebês reborn?


A) São bonecas simples, sem detalhes realistas.

B) Possuem características hiper-realistas, como peso e textura semelhantes aos de um bebê real.

C) São feitas exclusivamente para crianças brincarem.

D) São robôs programados para simular bebês.


Resposta correta: B


3. Como a sociedade geralmente reage à decisão de mulheres que optam por não ter filhos?

A) Com total apoio e compreensão.

B) Com indiferença.

C) Com julgamentos e questionamentos.

D) Incentivando outras a fazerem o mesmo.


Resposta correta: C


4. Segundo o psiquiatra Keith Ablow, qual pode ser um efeito da relação com bebês reborn?

A) Estímulo à criatividade.

B) Anestesia emocional que adia o enfrentamento de questões reais.

C) Melhoria na saúde física.

D) Aumento da interação social.


Resposta correta: B


5. Qual é o papel das redes sociais no fenômeno das "mães reborn"?

A) Não têm influência significativa.

B) Servem apenas para venda das bonecas.

C) Amplificam a visibilidade e permitem a troca de experiências entre as mulheres.

D) São usadas para criticar a prática.


Resposta correta: C



6. O que significa "maternidade simbólica" no contexto das mães reborn?

A) Adoção legal de crianças.

B) Cuidar de bonecas como se fossem filhos, expressando sentimentos maternos.

C) Fingir ser mãe em jogos online.

D) Trabalhar em creches.


Resposta correta: B


7. Qual é uma crítica comum à prática de cuidar de bebês reborn como filhos?

A) É ilegal em muitos países.

B) Pode indicar fuga da realidade e problemas emocionais não resolvidos.

C) É uma prática religiosa.

D) Não há críticas conhecidas.


Resposta correta: B


8. Como algumas mulheres utilizam os bebês reborn para lidar com perdas?

A) Vendendo as bonecas após o luto.

B) Ignorando os sentimentos de perda.

C) Usando as bonecas como forma de conforto e superação.

D) Substituindo membros da família por bonecas.


Resposta correta: C


9. Qual é uma das razões pelas quais algumas mulheres preferem bebês reborn a filhos reais?

A) Desejo de evitar responsabilidades e compromissos associados à maternidade.

B) Falta de acesso a serviços de saúde.

C) Influência de programas de televisão.

D) Necessidade de economizar dinheiro.


Resposta correta: A



10. O que indica o crescimento da hashtag #maedereborn nas redes sociais?

A) Diminuição do interesse por bonecas.

B) Aumento da popularidade e visibilidade do fenômeno das mães reborn.

C) Campanha contra a prática.

D) Exclusividade da prática em países europeus.


Resposta correta: B

Eduardo Fernando Sil Per

Prof. Eduardo Fernando Silva Pereira é Mestre em Educação pela Must University, especialista em Metodologias de Ensino Superior e Educação a Distância. Possui formação em Geografia pela Universidade Norte Do Paraná e Pedagogia pela Universidade Católica de Brasília.

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